Hola mis amores!
Nosso lindo Ricky Martin concede entrevista ao Piccolo Universe e conta o quanto fica emocionado ao relembrar que à algum tempo atrás era ele que estava em busca de uma oportunidade.
Nos últimos anos, tenho sido
um juiz de duas competições internacionais de música: La Voz México e The Voice
Australia. Sem dúvida, houveram experiências incríveis e inesquecíveis. No
entanto, quando conversamos sobre ser um juiz para o La banda da Univision, foi
criado um desafio muito diferente dentro de mim. E encontrar os membros perfeitos
para uma banda era algo que eu entendia perfeitamente. Fazem muitos anos atrás, eu era esse garoto cheio de sonhos, que queria conquistar o mundo e fazer parte de
algo maior que ele.Com o La Banda, junto a Laura Pausini e Alejandro
Sanz, eu me tornei essa pessoa que iria
alimentar esse sonho com "sim" ou enviá-los para casa com um
"não". Que difícil!
Passava dias lembrando como
foi para mim querer ser um integrante do
Menudo. E é algo tão difícil de explicar em sua magnitude correta , porque
apesar de eu ter falado muitas vezes, é impossível descrever como minha alma
se expandida de emoção. Tinha um motor
que não me deixava descansar, eu ia dormir e levantava, visualizando-me em um
palco. Hoje, pode ser difícil entender o que representava o Menudo naquele
momento, mas realmente não havia nada semelhante. Foi um fenômeno mundial e, claro, eu queria ser parte disso que havia
nascido em minha própria ilha (Porto Rico).
Eu sei o que é te mandar
para casa e que te digam: "Desculpe, você não foi escolhido." Quando
eu quis entrar no Menudo, eu tive que ir fazer um teste três vezes antes deles
me aceitarem.Na primeira vez, eu fui muito bem, eles gostaram como eu cantava e
dançava, mas disseram que eu era muito baixo. Ao invés de ser desencorajado, com essa rejeição inicial,
isso só fez com que aumentasse a minha determinação. Eu voltei a apresentar-me nove meses depois,
mas outra vez me disseram que eu era muito baixo e até me recomendaram a
praticar basquete para ver se eu crescia. Eu tentei uma terceira vez e desta vez eu consegui.
Na verdade, não tinha crescido nada, mas
parece que viram a vontade tão grande que eu tinha de entrar, que decidiram me
dar a oportunidade.
Lembro-me desse
"sim" como se fosse ontem. E nesse momento, eu senti tocar o céu com
as mãos. Eu acho que é algo que tem tocado em meu ser. Toda vez que eu me sento
na minha cadeira de juiz, tenho um tempo para lembrar aqueles "não" e "sim" A
realidade é que nem todos os que vêm até nós tem essa qualidade que buscamos.
Depois, há outros ... há outros ... que em seus olhos vejo aquelo menino que sabia que romperia esquemas
e somente precisava que alguém acreditasse nele e pudesse dar-lhe uma chance de provar isso. Isto está se transformando em uma experiência surreal para mim que eu sou eternamente
grato.
E eu não posso deixar de
fora o fato de ser pai. Desde que eu sou pai do Matteo e Valentino agradeço
mais o apoio de meu próprio pai. Quando eu estou lá no La Banda e vejo as mães e
pais parados ali, apoiando seus filhos, eu me lembro como meu pai não se deu por
vencido. Teria sido mais fácil depois do primeiro e do segundo "não"
ele tivesse dito: "Filho, isto não é para você." Mas o seu apoio
incondicional foi o motor que me permitiu não perder a fé que eu iria
conseguir. Hoje, penso o mesmo com os meus filhos. Não sei se algum dia eles irão
ficar parados em um lugar e contar com o "sim" de alguém para
realizar seus sonhos. Mas, lá estarei eu, de pé ao lado deles.
Texto: Suzana Castro por Ricky Martin Brasil
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